quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Cuidado com a Criação (John Stott)





Ao identificar os aspectos que considero negligenciados em um discipulado radical, não devemos supor que eles se limitam às esferas pessoais e individuais. Devemos considerar também a perspectiva mais ampla, que é a dos nossos deveres para com Deus e nosso próximo. Este capítulo trata de um deles: o cuidado com o meio ambiente.
Na criação Deus estabeleceu três tipos de relacionamento para o homem:

com Deus;
entrei si;
com a criação.

Todos esses relacionamentos foram deturpados na quedaEntão, o plano de restauração de Deus inclui a restauração desses três tipos de relacionamento, do homem com Deus, do homem e seu próximo e do homem com a terra e demais criaturas. Um dia haverá novos céus e nova terra (Is 65.17, 2Pe 3.13, Ap 21.1).
Paulo diz que a criação geme pela libertação de seu estado atual, assim como nós “também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8.23).
Assim como nos preocupamos em cuidar de nosso corpo influenciados por essa esperança, devemos também cuidar e aumentar a consideração que temos pela terra e toda criação agora.

Qual, então, deveria ser nossa atitude para com a terra? Duas afirmações bíblicas importantes:

“Do Senhor é a terra” (Sl 24.1,2)
“A terra ele a confiou ao homem” (Sl 115.16)

Deus nos delegou a tarefa de preservar e manipular a terra responsavelmente: “cultivar e guardar” (Gn 2.15).

1. Evitar a deificação da natureza.

Panteístas – tudo é Deus – Gn 1.1, Jo 1.1-3
Animistas – Atribui características divinas aos elementos naturais – Rm 1.25
Gaia – atribui à terra características divinas (Mãe Terra)

Nós respeitamos a natureza porque Deus a fez; não a reverenciamos como se ela fosse Deus.

2. Evitar a exploração exaustiva da natureza.

Gn 1.26-28, 31 - “dominar”, “sujeitar”
A interpretação destas palavras deve ser feita à luz do contexto: “conforme a nossa semelhança”.
É absurdo imaginar que Deus criou a terra e entregou-a para ser destruída.

3. Praticar a cooperação com Deus.

Deus criou a terra – o homem deve governá-la;
Deus plantou o jardim – o home deveria cultivá-lo.

Não é um chamado apenas para conservar, mas para também manipular em favor de todos.
Deus deseja que o nosso trabalho seja uma expressão da adoração e que o cuidado com a criação reflita o amor pelo Criador.

A crise ecológica

Infelizmente o pecado afetou a relação do homem com a natureza e o resultado disso é um desequilíbrio que afeta a vida do próprio homem. 


O que deu errado?

I.
O crescimento populacional acelerado do mundo.


Como alimentar tanta gente?
Como promover distribuição igualitária de renda?
Como garantir uma distribuição adequada da população no espaço?

II.
III.
IV.
A depleção dos recursos naturais
Produção e descarte de lixo
As mudanças climáticas


O que deu errado?

Os gases que causam o efeito estufa estão aumentando porque nós mudamos o equilíbrio atmosférico por meio da queima de combustíveis fósseis e de outras atividades que produzem dióxido de carbono e metano.

O que o discípulo radical pode fazer para cuidar da criação?

Use menos energia
Tente produzir menos lixo.
Racione o uso da água 
• Evite o desperdício
Polua menos

Conclusão

“É totalmente inexplicável ouvir alguns cristãos afirmarem que amam e adoram a Deus, que são discípulos de Jesus, mas mesmo assim, não se preocupam com a terra, que carrega seu selo de propriedade. Deus deseja que nosso cuidado com a criação reflita nosso amor pelo Criador”.

Referência

STOTT, John. O discípulo radical. Viçosa – MG: Ultimato, 2011.  


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