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A unidade cristã [...] consiste em estar unido
a Jesus Cristo, nosso vivo Senhor, viver nele e ser governado por ele, na
companhia de todos os outros cristãos, os do passado e do presente, os que estão
com Cristo na Jerusalém celestial de Hebreus 12.22 e os que estão hoje conosco
na terra.
[...] é a união ativa e manifesta de todo o
povo cristão, cujos membros compartilham de uma vida sobrenatural no amor do Salvador
e amam uns aos outros com um amor que ultrapassa todas as barreiras de raça,
cor, classe social e identidade denominacional. Olhando para essa perspectiva,
a unidade cristã é um dom divino e um vislumbre da eternidade – e é
inteiramente fruto da graça de Deus.
Essa revelação está registrada nas Escrituras
canônicas e é expressa por elas, as quais foram inspiradas pelo Espírito Santo para
que, independente da época, o mundo conhecesse e compreendesse o que Deus disse
e fez. [...]
Todos os que
reclassificam a Sagrada Escritura como tradição humana bem-intencionada e
inspiradora do ponto de vista religioso, porém não confiável do ponto de vista
fático, e presumem ter o direito de julgar sua verdade e sabedoria em vez de
deixarem julgar por ela, corroem a unidade cristã em lugar de promovê-la e
geram, nesse processo, enorme confusão e vasta incerteza espiritual.
Expressar a unidade cristã na vida terrena exige um compartilhar substancial da esperança cristã e uma prática do amor cristão pautada por princípios
[A] esperança futura é parte da verdade que une os cristãos, e a atitude de ansiarem juntos por esse futuro é em sim um laço de união. [...] O amor cristão é incondicional no sentido de aceitar, respeitar e demonstrar boa vontade para com as pessoas do jeito que são, mas não é indiferente nem incapaz de discernir entre benevolência e mera complacência. O verdadeiro amor cristão mantém os padrões de Cristo em todos os aspectos.
Praticar a unidade cristã na vida congregacional requer esforço paciente e um compartilhar ativo em todos os níveis
·
A busca pela paz;
·
A prática da comunhão;
·
O apoio mútuo entre as igrejas;
· A receptividade à mesa da comunhão.
Referência
PACKER, J.I. Fé Ativa: o discipulado que produz cristãos que levam Deus a sério. São Paulo: Vida Nova, 2020.