domingo, 28 de junho de 2020

Princípios da unidade cristã (J.I. Packer)

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A unidade cristã é tanto uma dádiva presente quanto um objetivo futuro.

A unidade cristã [...] consiste em estar unido a Jesus Cristo, nosso vivo Senhor, viver nele e ser governado por ele, na companhia de todos os outros cristãos, os do passado e do presente, os que estão com Cristo na Jerusalém celestial de Hebreus 12.22 e os que estão hoje conosco na terra.

[...] é a união ativa e manifesta de todo o povo cristão, cujos membros compartilham de uma vida sobrenatural no amor do Salvador e amam uns aos outros com um amor que ultrapassa todas as barreiras de raça, cor, classe social e identidade denominacional. Olhando para essa perspectiva, a unidade cristã é um dom divino e um vislumbre da eternidade – e é inteiramente fruto da graça de Deus.

 A unidade cristã é delimitada pela verdade revelada

Essa revelação está registrada nas Escrituras canônicas e é expressa por elas, as quais foram inspiradas pelo Espírito Santo para que, independente da época, o mundo conhecesse e compreendesse o que Deus disse e fez. [...]

Todos os que reclassificam a Sagrada Escritura como tradição humana bem-intencionada e inspiradora do ponto de vista religioso, porém não confiável do ponto de vista fático, e presumem ter o direito de julgar sua verdade e sabedoria em vez de deixarem julgar por ela, corroem a unidade cristã em lugar de promovê-la e geram, nesse processo, enorme confusão e vasta incerteza espiritual.

Expressar a unidade cristã na vida terrena exige um compartilhar substancial da esperança cristã e uma prática do amor cristão pautada por princípios

[A] esperança futura é parte da verdade que une os cristãos, e a atitude de ansiarem juntos por esse futuro é em sim um laço de união. [...] O amor cristão é incondicional no sentido de aceitar, respeitar e demonstrar boa vontade para com as pessoas do jeito que são, mas não é indiferente nem incapaz de discernir entre benevolência e mera complacência. O verdadeiro amor cristão mantém os padrões de Cristo em todos os aspectos.

Praticar a unidade cristã na vida congregacional requer esforço paciente e um compartilhar ativo em todos os níveis

 Nas congregações locais, onde a realidade da vida comunitária em Cristo deve ser exposta e visível a todos, o Novo Testamento deixa claro que ao menos quatro elementos são necessários:

·         A busca pela paz;

·         A prática da comunhão;

·         O apoio mútuo entre as igrejas;

·         A receptividade à mesa da comunhão.


Referência

PACKER, J.I. Fé Ativa: o discipulado que produz cristãos que levam Deus a sério. São Paulo: Vida Nova, 2020.

sábado, 21 de março de 2020

Introdução Bíblica – Resumo



    1.    Introdução Bíblica é uma disciplina teológica que investiga os aspectos gerais sobre o caráter da Bíblia, sua natureza, autoridade, formação, tradução e o desenvolvimento do cânon ao longo da história. Logo, seu objeto de estudo é a Bíblia.

    2.    A Bíblia é a Palavra de Deus e ela mesma alega ser o livro de Deus e ter um a mensagem com autoridade divina.

3.    A Bíblia é um livro divino-humano porque
a.    Sendo humana: está sujeita às leis de língua e literatura, estilo e matéria.
b.    Sendo Divina: pode ser compreendida por homens espirituais. O Autor Divino
garante unidade de revelação e ensino.

4.    Três conceitos importantes:
a.    Revelação – é o ato de Deus revelar-se a humanidade;
b.  Inspiração – é o ato de Deus capacitar os homens para o registro do texto sagrado;
c.   Iluminação – é o ato de Deus de fazer o homem compreender as verdades reveladas

5.    Crítica textual é a ciência que procura restabelecer o texto original de um trabalho escrito cujo autógrafo não mais exista. Ela é importante porque ajuda a garantir que o texto que possuímos é o mais próximo dos autógrafos.

6.    Muitos materiais foram utilizados para o registro, mas os principais foram:
a.    O papiro;
b.    O pergaminho

7.    Os principais códices:
a.    Códice Vaticano;
b.    Códice Alexandrino,
c.     Códice Sinaítico.

8.    Os autógrafos sãos os primeiros escritos, são os originais do texto sagrado.

9.    A Bíblia foi escrita em 3 línguas:
a.    Hebraico;
b.    Aramaico e,
c.     Grego Koiné

10.  São duas figuras de linguagem bastante usadas no Antigo Testamento:
a.    Antropomorfismo – dá características físicas a Deus (olhos do Senhor – Pv 15.3, Is 59.1 e etc.)
b.  Antropopatismo – dá a Deus sentimentos humanos (arrependimento de Deus – Gn 6.6; o ódio de Deus – Pv 6.16 e etc.)

11.  Os critérios de canonicidade do Novo Testamento são:
a.    Autoria: escrito por um apóstolo ou alguém ligado à eles;
b.    Doutrina: coerente com a doutrina dos apóstolos;
c.     Uso: a Igreja já os reconhecia e utilizava na edificação;
d.    Período: escritos no primeiro século;

12.  Há apenas dois métodos de tradução:
a.    Método por Equivalência Formal que traduz-se palavra por palavra do texto bíblico seguindo a estrutura do grego ou hebraico, mas respeitando as regras do português;
b.    Método por Equivalência Dinâmica: Este princípio tenta usar uma tradução que se aproxime do sentido original do texto usando a fluência da língua para a qual se está traduzindo, sem, contudo seguir a estrutura do grego ou hebraico.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A igreja local e Missões



Leitura recomendada.

O livro “A igreja local e Missões” é um livro que todos aqueles que são desejosos de fazer missões devem ler. Os que não sabem por onde começar tem uma boa diretriz encontrada em suas páginas; os que já estão nessa estrada redescobrem princípios e orientações para continuar produzindo ainda mais para a glória de Deus. Não é a toa que o livro está na 6ª edição brasileira.
Edison Queiroz começa a nos desafiar a obedecer ao ide do Senhor pondo em cheque a própria essência de ser igreja. Diz ele:

“Se somos servos de Deus e temos a Bíblia como única regra de fé e prática, devemos ter também visão missionária mundial, que é o que Deus espera de seus servos”.

Com uma série de definições, o autor se propõe a estimular a igreja local a se envolver com missões levando a reflexão do que estamos realizando para a expansão do Reino. O livro não é apenas teórico, também é permeado com próprios exemplos e testemunhos do autor de que como ele conseguiu redirecionar sua vida e a igreja que pastoreia para missões.
Se de fato há um tímido envolvimento nosso com missões é preciso pedirmos perdão e voltarmos para as Escrituras sob pena de não sermos achados desobedientes a Deus e ao seu plano missionário. Pois,

“se missões representam a tarefa básica da igreja e a razão de sua existência, temos de admitir que todo dia deve ser dia de missões para o crente”.

Convido a você a ler este livro e repensar o seu papel dentro da expansão da glória e o Reino de Deus entre as nações.

(Lido em 25 a 31.01.2020)

sábado, 25 de janeiro de 2020

O que é igreja missional?

Leitura recomendada.


O autor Timóteo Carriker neste livro apresenta as características de uma igreja missional a partir de exemplos bíblicos. O termo missional nos últimos anos tem sido usado com frequência na Missiologia, assim o autor traz um rápido panorama sobre essa discussão como forma de compreender o que está associado a esse termo. Ainda de forma introdutória, ele discorre o fato da igreja ter crescido nos seus primeiros anos devido ao bom e constante testemunho alicerçado sobre dois valores: o amor em ação e a graça abundante e, conclui:

"O impacto do Reino de Deus não é mera questão de métodos e estratégias. Se fosse assim, outros grupos estariam avançando melhor do que a gente. Mas acima de tudo, é questão de conteúdo. A nossa mensagem é a graça de Deus revelada na crucificação e ressurreição de Jesus e vivida diariamente pelo Espírito Santo. Somente a graça pode nutrir o amor do povo de Deus pelo seu próximo, o que, por sua vez, abre caminho para o anúncio efetivo do evangelho e a transformação que ele promove na vida daqueles que creem".

Ainda em sua exposição, ele delineia características de uma Igreja Missional. A Igreja Missional é a igreja que (1) adota um estilo, princípio de vida e de fé baseado na graça de Deus; (2) possui um profundo sentimento de adoração e glorificação a Deus; (3) possui uma liderança plural, diversa e complementar; (4) possui sensibilidade e é direcionada pelo Espírito Santo; (5) tem uma visão a longo prazo de sua vocação e, (6) procura fendas ou lacunas existentes na expansão do Evangelho, fazendo esforço para completar a obra evangelística. 
Convido a você ler este livro e mergulhar em uma área esquecida e, em alguns casos, negligenciada da igreja.
(Lido em 19 a 25.01.2020)






quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Temperamentos transformados


Introdução

Cada pessoa reage de maneira diferente a cada situação da vida. Isso a diferencia das demais: é a sua Personalidade. Uns são ágeis na mudança, outros devagar; outros comunicativos, outros tímidos, outros irascíveis, outros compreensivos. Essas características marcam os relacionamentos podendo ajudá-los ou atrapalhá-los.
A Igreja vive essa heterogeneidade, mas o desafio é mantê-las unidas ao corpo, cuja cabeça é Cristo (Ef 4.16). Vivemos o conflito entre aquilo que Deus quer que sejamos e aquilo que a nossa natureza nos incentiva a fazer. (Gl 5.17). Vejamos alguns pontos para atingirmos a plenitude de Cristo:

1) Autoconhecimento – “Conhece a ti mesmo” (Sócrates) – É preciso conhecermos bem a nós mesmos, qualidades e defeitos da nossa personalidade para que Deus potencialize as qualidades e corrija os defeitos (Is. 6.5; Rm 7.24; Mt 26.33s).
Deus nos conhece intimamente, mas é preciso pedir a sua ajuda!

2) Submeter-se à autoridade de Cristo – Somente Cristo poderá mudar ações, costumes e temperamentos, isso se dará quando:

     I.    Orarmos – Descemos com um sentimento ao orarmos e ao subirmos com o sentimento de Cristo (Mt. 26.41)
    II.    Lermos a palavra – Conhecemos a Cristo, quando o espelho de nossa alma é a Bíblia (Hb. 4.12)

3) Tomar a medida de Cristo – O padrão do caráter deve ser o de Cristo, perfeito em tudo (Jo. 13.15). A comparação é com coisas celestiais, é pensar nas coisas celestiais. (Ef 4.13; I Co. 2.13, Col 3.1ss; Hb. 12.2)

4) Olhar os outros pelas qualidades, não pelos defeitos – É importante valorizar as pessoas, para que elas percebam você diferente. (Mt. 7.1-4)

5) Viver a novidade da vida em Cristo – Não importa o que fomos, mas o que seremos em Cristo. Ninguém pode lhe impedir de mudar (Rm. 6.4; II Co 5.17; Rm 8.1)

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gl. 2.20)

Conclusão

Deus nos conduzirá a estarmos nas medidas que Cristo têm para sermos realmente cidadãos do céu (Ef. 2.19). Onde a compreensão que o que deve sobressair em nossas vidas é o caráter de Cristo (I Co. 2.16)

Referência
LAHAYE, Tim. Temperamentos Transformados. São Paulo: Mundo Cristão, 2001. 176p.



quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Cinco razões pelas quais devemos estudar a Palavra de Deus



A Bíblia é um livro incrível de história e fatos que provam que existe um Deus que criou todas as coisas. Mais importante de tudo, a Bíblia é a Palavra de Deus. Contém a mente de Deus e Sua vontade para cada uma de nossas vidas. É por isso que a Bíblia nos foi dada. O Apóstolo Paulo diz em 2 Timóteo 3.16-17: 
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 

Por que devemos estudar a Palavra de Deus? A seguir estão algumas razões escriturais que devemos considerar ao responder a essa pergunta.
Primeiro, a Palavra de Deus é infalível. Não há erro na Palavra de Deus. A lei do Senhor é perfeita em relação à nossa alma. O testemunho do Senhor não é apenas infalível, é inerrante. Provérbios 30.5-6: 

Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia. Nada acrescente às palavras dele, do contrário, ele o repreenderá e mostrará que você é mentiroso. 

A pureza de Suas palavras não precisa de nada acrescentado a ela. Deus nos adverte para não deturpar suas escrituras.
Segundo, a Palavra de Deus é completa. A Bíblia não precisa de novos capítulos ou versículos. Tudo já foi nos dado. Muitos cultos adicionam seus próprios livros ou comentários à Bíblia. Tudo o que você precisa é da Palavra de Deus, porque é a santa Palavra de Deus. Está completa. Em Apocalipse 22.18-19, Deus nos adverte: 

Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe crescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro. 
Terceiro, a Palavra de Deus é totalmente autoritativa. O livro dos Salmos 119.89 diz: 

"Para sempre, ó Senhor, a tua palavra está firmada no céu". 

A Palavra de Deus é a única fonte para autoridade divina absoluta. Esta autoridade divina é para você e para mim como servos de Jesus Cristo. Quando alguns dizem: "Eu tenho uma palavra do Senhor para você", anote-a e, ao estudar a palavra de Deus, veja se o Senhor fala com você através de Suas Escrituras. Só então você saberá se o Senhor está realmente falando com você.
Quarto, a Palavra de Deus é totalmente suficiente para todas as nossas necessidades. Nós não precisamos de mais nada. Em 2 Timóteo 3. 16-17 ele diz: 

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 
Nós, cristãos, podemos estar totalmente seguros no Senhor, estudando a Bíblia, porque é o plano de Deus para a nossa vida.
E quinto, a Palavra de Deus cumprirá o que promete. Se Deus lhe disser algo vai acontecer, e você espera, isso vai acontecer. Em Isaías 55.11 diz: 

Assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei. 
Deus enviou Sua palavra para realizar Sua perfeita vontade em nossas vidas. Se Deus fizer uma promessa a você, Ele a cumprirá em seu próprio tempo. Há tantas promessas dadas a nós na Bíblia. Essas promessas nos tranquilizam e trazem conforto para nossas vidas em nossos momentos de provação. 
Eu desafio você a ter tempo para estudar a Palavra de Deus. O Senhor lhe mostrará coisas maravilhosas que mudarão sua vida.


sábado, 11 de janeiro de 2020

Os fundamentos da fé



Em que os cristãos creem? Como uma pessoa vive e o que ela faz é determinado em grande parte pelo que ela crê.
A Bíblia revela algumas doutrinas essenciais que todos que professam o Cristianismo devem aceitar. Em outras palavras são Os Fundamentos da fé cristã.
A palavra fundamento significa base, alicerce, fundação. Em analogia com a construção de um edifício, o alicerce  é a primeira etapa a ser realizada, não sendo possível levantar qualquer parede antes dele. Ele deve ser firme e bem construído para que possa sustentar todo o peso do edifício, pois fundamentos fracos podem comprometer toda a edificação. 
Do mesmo modo, os fundamentos da vida cristã é o conjunto de ensinamentos básicos, as verdades essenciais nas quais apoiamos nossas vidas. Eles devem ser firmes, bem compreendidos e sempre relembrados, pois é a partir deles que podemos nos mantermos livres de heresias. Um bom fundamento é indispensável para uma vida espiritual saudável. É bom lembrar que:

· Os fundamentos são absolutos (não mudam com o tempo)
· Os fundamentos devem ser bem aprendidos e memorizados.
· Os fundamentos devem ser ensinados a todos os discípulos.
· Os fundamentos devem ser relembrados constantemente.

Por isso, cada discípulo precisa compreender, praticar e ensinar tudo o que se refere aos fundamentos.
Quais são os fundamentos da sua fé? O que você crê em relação a:
· Bíblia
· Deus
· Jesus Cristo
· Espírito Santo
· Anjos
· Diabo e seus demônios
· Homem
· Criação                                              
· Igreja
· Adoração 
· Salvação
· Vida cristã
· Últimas coisas

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Examinando as Escrituras



Leitura recomendada.     

  O autor Charles Swindoll se propõe neste livro a ajudar aos que desejam obter conhecimento mais aprofundado das Escrituras por meio de alguns passos básicos que ele mesmo descreve a partir da sua experiência.
  Usando uma analogia proveniente da cozinha, ele ajuda a preparar uma refeição espiritual nutritiva seguindo diligentemente cada etapa até este ponto. Como Ele diz: “devemos pensar na Bíblia como uma deliciosa refeição – na verdade, como um banquete feito para ser desfrutado e saboreado”. E convida: “você precisará descobrir alguns sabores únicos que a Palavra de Deus oferece”.
Uma das coisas marcantes no texto é o fato que depois de apresentar cada etapa ele convida o leitor a fazer por conta própria o que foi apresentado na seção “sua vez na cozinha”.
Então, o convido a lê-lo e partir para saborear com maior gosto a Bíblia, nosso alimento principal.

(lido em 03 a 06 de Jan 2020)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Cuidado com a Criação (John Stott)





Ao identificar os aspectos que considero negligenciados em um discipulado radical, não devemos supor que eles se limitam às esferas pessoais e individuais. Devemos considerar também a perspectiva mais ampla, que é a dos nossos deveres para com Deus e nosso próximo. Este capítulo trata de um deles: o cuidado com o meio ambiente.
Na criação Deus estabeleceu três tipos de relacionamento para o homem:

com Deus;
entrei si;
com a criação.

Todos esses relacionamentos foram deturpados na quedaEntão, o plano de restauração de Deus inclui a restauração desses três tipos de relacionamento, do homem com Deus, do homem e seu próximo e do homem com a terra e demais criaturas. Um dia haverá novos céus e nova terra (Is 65.17, 2Pe 3.13, Ap 21.1).
Paulo diz que a criação geme pela libertação de seu estado atual, assim como nós “também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8.23).
Assim como nos preocupamos em cuidar de nosso corpo influenciados por essa esperança, devemos também cuidar e aumentar a consideração que temos pela terra e toda criação agora.

Qual, então, deveria ser nossa atitude para com a terra? Duas afirmações bíblicas importantes:

“Do Senhor é a terra” (Sl 24.1,2)
“A terra ele a confiou ao homem” (Sl 115.16)

Deus nos delegou a tarefa de preservar e manipular a terra responsavelmente: “cultivar e guardar” (Gn 2.15).

1. Evitar a deificação da natureza.

Panteístas – tudo é Deus – Gn 1.1, Jo 1.1-3
Animistas – Atribui características divinas aos elementos naturais – Rm 1.25
Gaia – atribui à terra características divinas (Mãe Terra)

Nós respeitamos a natureza porque Deus a fez; não a reverenciamos como se ela fosse Deus.

2. Evitar a exploração exaustiva da natureza.

Gn 1.26-28, 31 - “dominar”, “sujeitar”
A interpretação destas palavras deve ser feita à luz do contexto: “conforme a nossa semelhança”.
É absurdo imaginar que Deus criou a terra e entregou-a para ser destruída.

3. Praticar a cooperação com Deus.

Deus criou a terra – o homem deve governá-la;
Deus plantou o jardim – o home deveria cultivá-lo.

Não é um chamado apenas para conservar, mas para também manipular em favor de todos.
Deus deseja que o nosso trabalho seja uma expressão da adoração e que o cuidado com a criação reflita o amor pelo Criador.

A crise ecológica

Infelizmente o pecado afetou a relação do homem com a natureza e o resultado disso é um desequilíbrio que afeta a vida do próprio homem. 


O que deu errado?

I.
O crescimento populacional acelerado do mundo.


Como alimentar tanta gente?
Como promover distribuição igualitária de renda?
Como garantir uma distribuição adequada da população no espaço?

II.
III.
IV.
A depleção dos recursos naturais
Produção e descarte de lixo
As mudanças climáticas


O que deu errado?

Os gases que causam o efeito estufa estão aumentando porque nós mudamos o equilíbrio atmosférico por meio da queima de combustíveis fósseis e de outras atividades que produzem dióxido de carbono e metano.

O que o discípulo radical pode fazer para cuidar da criação?

Use menos energia
Tente produzir menos lixo.
Racione o uso da água 
• Evite o desperdício
Polua menos

Conclusão

“É totalmente inexplicável ouvir alguns cristãos afirmarem que amam e adoram a Deus, que são discípulos de Jesus, mas mesmo assim, não se preocupam com a terra, que carrega seu selo de propriedade. Deus deseja que nosso cuidado com a criação reflita nosso amor pelo Criador”.

Referência

STOTT, John. O discípulo radical. Viçosa – MG: Ultimato, 2011.  


quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Senhor, ensina-nos a orar...



O que é oração?

A oração é um relacionamento, no qual nós humildemente nos comunicamos, adoramos e sinceramente buscamos a face de Deus, sabendo que Ele nos ouve, nos ama e irá responder, embora nem sempre de uma maneira que possamos esperar ou desejar. A oração pode abranger confissão, louvor, adoração, súplica, intercessão e muito mais.
Além disso, nossa atitude na oração é importante. Não devemos ser arrogantes, mas humildes (Efésios 4.2; Tiago 4.10; 1 Pedro 5.6, etc.). Visto sob esta luz, “orar continuamente” (1 Tessalonicenses 5.17) significa, em certo sentido, que devemos sempre nos esforçar para ter uma atitude de oração. Nossas orações devem vir com frequência e regularidade, não por dever legalista, mas por um coração humilde, percebendo nossa dependência de Deus em todos os aspectos de nossas vidas.
“A oração é uma porta aberta que ninguém pode fechar”, escreveu Charles Spurgeon em “Morning and Evening”. “Diabos podem cercá-lo por todos os lados”, continuou ele, “mas o caminho para cima está sempre aberto, e enquanto a estrada estiver desobstruída, você não cairá na mão do inimigo”. Ou seja, a oração não tem barreiras. Os governos não podem pará-la, nossa localização não pode impedi-la e os inimigos no reino espiritual não podem impedi-la.
Então, oremos.